Tive um professor na faculdade que costumava dizer que a gente aprende com o desaprender. Parece coisa de bicho grilo, mas é bem verdade, a sabedoria oriental tem muito disso, principalmente quando olhamos para os Koans.
No Zen-budismo, o Koan é uma sentença ou pergunta de caráter enigmático e paradoxal, usado em práticas monacais de meditação com o objetivo de dissolver o raciocínio lógico e conceitual, conduzindo o praticante a uma súbita Iluminação intuitiva.)*
Trago a seguir um exemplo de Koan, que acho incrível pelo fato de ser tão simples, tão verdadeiro e tão rico:
Um homem, viajando em um campo, encontrou um
tigre. Ele correu, com o tigre em seu encalço. Aproximando-se de um precipício,
tomou as raízes expostas de uma vinha selvagem em suas mãos, e pendurou-se
precipitadamente abaixo, na beira do abismo. O tigre o farejava acima.
Tremendo, o homem olhou para baixo e viu, no fundo do precipício, outro tigre a
esperá-lo. Apenas a vinha o sustinha. Mas, ao olhar para a planta, viu dois
ratos, um negro e outro branco, roendo aos poucos sua raiz. Neste momento, seus
olhos perceberam um belo morango vicejando perto. Segurando a vinha com uma
mão, ele pegou o morango com a outra e o comeu. — Que delícia! — ele disse.
Referência da postagem.:*http://paxprofundis.org/livros/koan/koan.htm